quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Carinho me basta



Não sinto vontade de te amar. Amar não, amar dói. E eu não quero sofrer. Não quero sentir ciúmes, não saber mais viver sem tua presença, te ligar de cinco em cinco minutos ou ficar loucamente neurótica por não saber por que diabo não responde as treze últimas mensagens de texto que eu mandei nos dois últimos minutos. Não quero ficar implicando com tuas novas amigas, não quero ser ridícula ao ponto de só querer tua companhia e mais nenhuma outra. Não quero perder meu sono e ficar imaginando em que raios de lugar tu te enfiou, não quero sentir medo de te perder. Quero te eternizar nas minhas lembranças boas; num canto calmo e especial da minha vida. Por isso é que eu não quero te amar; prefiro só cuidar de ti. Além do que, hoje em dia todo mundo ama e tu sabes que gosto de ser diferente, do contra.
Acho bem melhor te fazer um café quente, um chá de limão com alho quando gripado. Fazer teu prato predileto depois de um dia cheio ou cuidar da tua ressaca em um domingo de manhã. Passar tua blusa amarrotada, só para te ver mais bonito. Pesquisar sobre calvície precoce para não ver coisa boba nenhuma te afligir. Deitar tua cabeça em meu colo, te fazer um cafuné e te contar no toque dos meus dedos que ainda tem coisa boa nesse mundo. Me distrair junto contigo, em uma quinta feira a tarde, com um jogo de vídeo game, só para te agradar. E até tentar descobrir o motivo da tua estranheza e se for preciso escutar teu silêncio. Não preciso te amar, te cuidar me satisfaz. 

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