Você
avisa: não vou mais tolerar esse tipo de tratamento. Se continuar assim, para
mim chega, acabou. Ou aprende a me valorizar ou então vai me perder. Ele não te
leva a serio. Você, mulher de palavra como é, cumpre com o dito. Termina o
romance.
Ele te
liga insistentemente. Te da, em um dia, as flores que nunca te deu em um ano;
enche sua caixa de entrada com milhões de desculpas; jura por tudo que não vai
mais se repetir, que tá arrependido, que o tempo longe o fez ver o quanto você
é especial e que ele não quer mais te perder nem na próxima encarnação.
Você,
apaixonada como é, consegue manter por duas semanas a sua decisão. Mas então,
lembra que a vida exige flexibilidade das pessoas; que ele, humano como é,
merece uma segunda chance e que o perdão é a maior virtude de alguém. Pronto:
ele volta para sua vida.
Para
comemorar – um jantarzinho romântico na sua casa, às oito. Você faz o prato
preferido dele, compra um vestido e uma lingerie nova, escolhe o melhor vinho e
ascende velas. Oito e meia. Ele nunca foi pontual mesmo. Uma ligação. Ele vai
precisar se atrasar porque tem de passar no jantar da tia avó da mãe. Você
compreende, é família afinal. Nove e quarenta. Uma mensagem de texto: a turma
do futebol ligou e ele vai ter de dar uma conferida para não ficar chato. Você
já tomou metade da garrafa de vinho, seu vestido já amaçou, a comida esfriou e
as velas apagaram. Onze e vinte. Ele bate na sua porta. Te dá um beijo na testa
e diz que está cansado demais. Deita e dorme. Ele sabe que você está com os
sentimentos à flor da pele, que está morrendo de saudade. Mas ele também sabe
que você entende, você é tão compreensiva. Ele mergulha num sono profundo, você
se afoga em lágrimas de frustração.
De manhã
você avisa: não vou mais tolerar esse tipo de tratamento. Se continuar assim,
para mim chega, acabou. Ou aprende a me valorizar ou então vai me perder. Ele
não te leva a serio. Você, mulher de palavra como é, cumpre com o dito. Termina
o romance.
Ele te
liga insistentemente. Te dá, em um dia, as flores que nunca te deu em um ano;
enche sua caixa de entrada com milhões de desculpas; jura por tudo que não vai
mais se repetir, que tá arrependido, que o tempo longe o fez ver o quanto você
é especial e que ele não quer mais te perder nem na próxima encarnação.
Você,
apaixonada como é, consegue manter por duas semanas a sua decisão. Mas então,
lembra que a vida exige flexibilidade das pessoas; que ele, humano como é,
merece uma segunda chance e que o perdão é a maior virtude de alguém. Pronto:
ele volta para sua vida.
Da primeira vez a culpa foi dele.
ResponderExcluirSó da primeira vez.
;)
"De tanto tentar colocar um ponto final, eles acabam se tornando reticências… " Tati Bernardi
ResponderExcluirwww.maispertodoquedistante.blogspot.com
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah
ResponderExcluirQue raiva!
Mas, é assim mesmo, não é?
=*/
Hahaha...achei que daria um fim ao texto,mas vícios são ciclos,não é?me surpreendeu e me deixou louca de raiva aqui,gabi,afinal,é bem isso!!"(
ResponderExcluirPois é...e às vezes não se percebo que o ciclo recomeça não é mesmo?! Cega pelo sentimento e pelas projeções feitas na pessoa...gostei de voltar aqui e ler este texto...criativo e reflexivo!
ResponderExcluirAproveitando...um natal cheio de harmonia e luz pro seu coração e seu lar!
"A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida."
ResponderExcluirBeijos!!! Um Feliz Natal!!
ÓTIMO! Descreveu direitinho a pateta que somos e como eles nos conhecem bem: somos compreensivas e fáceis de agradar com atitudes e palavras certas. Bastam as flores e as investidas, as desculpas e dizeres e pronto, na nossa vida mais uma vez. Adorei, beijão.
ResponderExcluir