Nessa nossa relação nos comportamos como Pequeno Príncipe e
Raposa. Você o tempo inteiro declarando querer ser amigo meu, eu lhe explicando
que era necessário cativar primeiro. Você, curioso como o pequenino, questionou
todo meu mundo. Eu lhe impus regras, arisca como tal bicho esperto, lhe contei
dos ritos imprescindíveis para a dita “cativação” e te olhando desconfiada e
com certo receio fiz minhas as palavras da amiga raposa: “se queres um amigo,
cativa-me”.
Mas nós, como todo plágio, não adquirimos o encanto da
originalidade. Você, diferente do principezinho, esqueceu-se de avisar que
depois de certo tempo eu teria que me contentar apenas com os campos de trigo e
com a sua doce lembrança; não sei se por descuido ou por falha proposital, não
me esclareceu que era do mundo, que partiria a qualquer momento. Eu, não
possuindo esperteza semelhante a da raposa, me esqueci de me lembrar que quando
se deixa cativar correm-se riscos, inclusive o risco de chorar.
E agora estamos assim: você vagando por aí em busca de
respostas que eu talvez pudesse lhe dar. E eu, desarmada, pagando as consequências
de quem se deixa cativar, tendo sempre em mente que melhor do que ter sido
raposa, teria ter sido sua rosa.
Ok, posso assinas em baixo? Era tudo que eu queria ter dito a alguém há uns dias atrás!
ResponderExcluirbeijos!
Sempre achei meio difícil compreender esses diálogos do pequeno príncipe, amizades, cativar, o trigo, enfim, apesar de amar a obra, seu texto tornou mais claro, mesmo sem a esperteza da raposa a gente pode cativar ou deixar de cativar e acumular perdas, faz parte da vida, mas logo outras oportunidades de cativar surgem. Eu adorei o texto.
ResponderExcluirNessa eu quase choro :/ rs.
ResponderExcluiradorei, mesmo!