
Sempre que fazemos alguma coisa para o outro esperamos algo em troca, não falo somente do dinheiro, ou de bens matérias, mas refiro-me àquilo que é combustível para maioria de nós: o reconhecimento. Entra aí a diferença entre altruísmo e generosidade (que começo a considerar algo utópico). Percebi que não existem ao meu redor pessoas generosas; convivo sim com criaturas maravilhosas, capazes de estender a mão até mesmo a quem já lhe fez mal, mas todas sempre a espera de que alguém venha e observe quanto foi bela tal atitude, por tal: generosas.
E se tocarmos no tal do amor, este mesmo é que é uma forma do egoísmo; na verdade, não o amor em si, mas a forma como o interpretamos e "usamos". Vejamos bem, seria o ciúmes prova de amor? Mesmo sendo ciumenta, para não dizer, possessiva, defendo que não. Ciúmes não "apimenta" a relação, não é necessário, mas é humanamente impossível não senti-lo; já que é o Homem de uma natureza extremamente egoísta; ciumes é o desejo do outro somente para si, mesmo que em outras companhias eles sinta-se mais feliz.
E quando alguém vai se mudar ou está muito doente e morre? Choramos, nos perguntamos por que a vida fez isso conosco e nos esquecemos das oportunidades e melhoras que quem queremos para nós podem ter; o egoísmo nos tira a visão do outro, nos mostra apenas uma imagem projetada frente a um espelho; faz com que em nosso vocabulário haja apenas a primeira pessoa do singular, sem abrir brecha nenhuma para o plural. Somos movidos a amor, amor-próprio!
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