Sabiá,
Achei que tinha te ouvido cantar. Corri para janela, na doce esperança de matar sufocada essa saudade maldita que eu sinto de você. Mas não era nada, não era ninguém. Talvez tenha sido só impressão, fruto dessa falta que você me faz.
Ah, passarinho, por que fazes assim? Tanto que pedi para que voltasse, sabes que jamais o prenderia. Mas as folhas do meu abacateiro parecem não mais te agradar, eu sei, estão meio amareladas, meio mal tratadas, é que a chuva nunca mais veio, e água com que eu o rego não se faz suficiente.
Essa esperança que eu carregava grudada em mim, anda se desprendendo, penso que talvez eu nem mesmo te vejas mais. Ah, meu querido, por que tem de ser assim? Eu gostava tanto, tanto de ti. E ainda gosto. O bem que te quero é enorme, mas tu não enxergas, pequenino. Não sei por qual motivo, mas ultimamente quando me recordo de ti, imagino um novo olhar de acusação, um pio mais triste, o que a vida fez da gente, meu querido sabiá?
Não quero cobrar-te, somente recordar: lembras que havias prometido, ao final de uma canção, que retornarias? Lembras que me pediu para enxugar as lágrimas de saudades, que nunca deixarias de visitar meu abacateiro? Eu realmente acreditava nisso, costumavas cumprir aquilo que prometias, só que nunca mais viestes cantar para mim.
Mas ele reaparecerá... Talvez esteja pousando noutros galhos, mas retornará... A vida dá muitas voltas e a natureza gira com ela.
ResponderExcluirUm abraço!
Um encanto de texto...interrogações do coração em forma de saudade...sempre belas tuas palavras!
ResponderExcluirOi Gabriela,
ResponderExcluirVi seu cometario em meu blog e concordo quando diz que expressa-se em palavras é uma forma de terapia, comigo sempre funciona.
Dia desses estava vendo seu Blog e gostei mto pensei que já estava até seguindo, se vc dê uma olhadinha no meu vai achar um pedacinho de você lá...
Lindas palavras! seguindo :)
Beijos
http://camillacris.blogspot.com/
gabriela, que belo texto, gostei muito.
ResponderExcluire aí, como estão as coisas, tudo bem? espero que sim.
um grande abraço
Oi Gabi, sumida,
ResponderExcluirSabe que gosto um tantão dos teus escritos, né.
Pelo texto, concluo: você já sabe que o sabiá, sabia assobiar, ele é que não se deu conta de que você já sabia do seu assobio.
Abç
Gostei do texto flor.. e é mesmo, muita sorte de quem aguenta, mas bem poucos aguentam ;x
ResponderExcluirPássaros sempre se vão, o que gosta de ficar é saudade, lembrança de um belo canto.
ResponderExcluirNossa! Fiquei encantada com seu texto, menina. Lindíssimo.
ResponderExcluirAtrai esse sábia a ti. Talvez com o assovio ele apareça.
Beijos.
Gabi!
ResponderExcluirMais um no gol!
Bjs
Adorei a forma como tu desenvolveu o texto, meio poema, cheio de sentimentos.
ResponderExcluirOs passáros, como as pessoas sempre se vão né e nos resta ficar com as lembranças.
Beijos
adorei seu blog e seus textos, flor...
ResponderExcluirbjok