domingo, 27 de janeiro de 2013

Amanhã quem sabe



Pare, por favor. Não me diga mais nada, não quero saber seu nome, de onde você vem, onde mora ou quem são suas companhias. Não preciso conhecer sua mãe, nem saber o nome do seu cachorro predileto que morreu quando você tinha nove anos de idade. Não é necessário que você me conte a sua cor favorita ou sua comida preferida, conhecimento alheio vem com o tempo; e quem sabe quantos segundos nós iremos conviver? Não me faça promessas. Só me fale em felicidade depois que ela já tiver dado um passo adentro; a gente só sabe realmente se vai chover depois que a primeira gota cai. Cansei de viver de futuro, a partir de um segundo atrás só quis engolir presente.  E de verdade, agora meu coração pede para que você fique nele. Por isso, deixe as palavras de lado, se esquece delas, que as benditas só gostam mesmo de fazer a gente pensar demais e eu também cansei de pensar. Agora só desejo o agir. Não me diga a que data e a que horas estará aqui, a expectativa misturada à ansiedade só geram devaneio. Quero ser sua, agora. Amanhã quem sabe.                

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