segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nos reencontros da vida - Último capítulo




“-Ei, ei, acho melhor a gente parar, Marcos.
-Certo, certo, eu prometo que vou me controlar.
-Então, até amanhã.
-Até. E ah, sonha comigo, princesa.
-Seu bobo...”

O dia amanheceu e o sol logo veio beijar a face daquela doce menina. Helena havia dormido poucas horas, mas parecia ter dormido uma eternidade, estava ansiosa para sonhar acordada um de seus mais belos sonhos. Não queria pensar que aquele seria seu último dia com Marcos, ele logo iria embora, voltando para sua vida normal, e dessa vez, ela ficaria ali: sozinha e sem respostas.
Levantou-se e se vestiu cuidadosamente; uma coisa não havia perdido de forma nenhuma: a vontade de impressioná-lo. Logo que saiu o encontrou; ele estava ali, parado, olhando-a com aquele olhar torturador; como sempre, o único gesto que partiu dela foi o sorriso, queria dizer-lhe tantas coisas, mas era mais prudente calar-se. Estavam sozinhos, ele puxo-a pela mão e levo-a para o dia mais curto que ela já vivera.
Logo chegou a noite cheia de saudades apressadas. Helena não queria separar-se dele naquele momento, nunca mais. Queria olhá-lo nos olhos e implorar que ele não se fosse, que ficasse com ela, que tivesse mínima piedade, mas era dona do maior orgulho do mundo. Agora, lá estava ela: olhando para o cara que tinha um enorme potencial para não ser o príncipe que ela havia acreditado um dia e o homem que ela tinha de ter ao seu lado, por um breve instante ele ainda estava ali.
-Eu posso saber no que a senhorita está pensando, dona Helena?
-Eu? Nada.
-Nada mesmo? Mas vem cá, eu já disse que a sua sobrancelha esquerda fica bem arqueada quando você está pensando?
-...
-Te peguei, não é? Vai, fala; eu adoro te escutar...
-É que é muito estranho. São só mais algumas horas e você vai voltar para sua vida, para tudo que você construiu sem mim e eu sei que para você isso que aconteceu entre a gente foi uma questão física.
-Você tá sendo injusta. Por favor, não fala assim. Sabe, quando eu te reencontrei não sabia o que fazer, se te beijava, se te cumprimentava de longe, se passava deixando em branco; meu coração acelerou, queria te puxar para mim, te perguntar tanta coisa, mas tinha de me controlar. Mas é que você não entende, não é? Não consegue compreender que toda vez que eu te olhar tudo o que eu sinto por você vai voltar.
-Posso te falar uma coisa? Eu acho que vou acabar gostando de você.
-Eu não mereço, minha pequena...

E foi com um último beijo que se acabou essa história.


Queridos, aqui está (até que enfim) o último capítulo da história do Marcos e da Helena. Mas quem sabe...

2 comentários:

  1. me vejo muito nos textos dessa "série".. por mim você escreveria sobre os dois pra sempre! lindo, lindo, adoro seu blog! ;*

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