domingo, 9 de outubro de 2011

Pai





Pai perdoa se eu não acredito mais nas suas estórias, se não me deito mais ao teu lado, perdoa se eu bebi da realidade, se eu te desobedeci e fui para vida, perdoa se eu te desacredito, perdoa se eu não te sou digna. Perdoa pai?
Perdoa se eu ainda não me faço capaz de escutar e tenho tanto a calar, perdoa a dureza das palavras e a maciez da solidão, perdoa o amargo das saudades, perdoa?
Perdoa se eu não sei perdoar? Perdoa se eu ainda não aprendi a amar, perdoa se eu não sei nem ao menos ser amada, perdoa a minha pequenez e a minha insegurança, perdoa se eu me escondo e desprotejo agarrada à mágoa. Perdoa se me considero digna de julgar e assim como a justiça eu me faço cega. Perdoa pai?
Pai?Perdoa se eu cresci.  


“Pai me perdoa essa insegurança, é que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo, nos teus braços você fez segredo...”

4 comentários:

  1. Amei!! muito lindo=)

    Tobler

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  2. que lindo, gabi! e melhor, gratuito! rsrs... veio do nada, emocionou! amei!

    bjs! ;)

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  3. Lindo.. A emoção escorre pelas palavras... Não apenas escritas, mas sentidas...

    Parabéns!

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  4. Ai, meu Deus, que coisa mais liiiiiiiiindaaaaaaaaaaaaaa!!!

    Sem palavras aqui.

    =*

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