quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nos reencontros da vida - A volta

Já haviam se passado três anos e ela nunca tinha retornado. Só que mais uma vez era forçada a voltar. A angústia tomava conta daquele pequeno coração; o medo e a culpa de ter seguido em frente enchiam o peito de Helena - era hora de olhar para trás.
Ela temia ,mais que qualquer outra coisa na vida, aquele reencontro com Marcos. Temia o que poderia encontrar e como seu coração iria reagir, ele não tinha significado grande coisa, tinha quase certeza disto. Mas o medo insistia em birrar e trazer a dúvida agarrada ao braço.
Tinha tido algumas noticias dele: sabia que ele estava com uma nova namorada, desconfiava que tinha crescido e tinha a certeza de que ainda queria mexer com ele. Bobagem, talvez fosse carência e Maysa Matarazzo tinha contado que 'toda mulher é assim: joga fora, mas não quer que ninguém pegue'. Sentia uma necessidade de tocar aquele coração e um pavor em não conseguir.
A ansiedade, irônica, fez com que o dia da viagem demorasse. Helena se pegava pensando no que aconteceria todos os dias, até que não precisou mais imaginar e o dia de ir chegou. Mil e tantos quilômetros, foi o que sua mente teve para criar infaliveis planos de conquista. Estava tudo ensaiado: o modo como o olharia, como se demonstraria esquecida e como faria para o provocar. Ao mesmo tempo que se recriminava, se encorajava: o coração pedia, implorava para que o fizesse.
A estrada enfrentada sem sono logo acabou e ali estava ela: naquela cidade fria, cheia de segredos e boas lembranças. A batida de seu coração acompanhava seus passos rápidos, seus olhos treinados e ansiosos procuravam por ele: Marcos; aquele par castanho buscava ansiosamente por aqueles outros verdes. Mas nada dele.
Era dia de natal, tudo fazia com que lembrasse dele, mas sua presença não se fazia. Mas que droga, era o coração começando a reagir. O gelo derretendo depois de um longo inverno de desamor.

12 comentários:

  1. Gosto do ritmo que você impõe às reações intercaladas com as conclusões emotivas. É como se estivesse lendo um poema e dançando uma valsa simultaneamente.
    Parabéns!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Ah, mas eu acho que ele aparece para a ceia...aparece, sim! \o/

    Beijos, querida!

    ℓυηα

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  4. Pobre homem. Fuja do laço de quem "joga fora, mas não quer que ninguém pegue'"...

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  5. nao deixe nadas abalar, siga seu coração ♥
    SEMPRE SEMPRE SEMPRE SEMPRE !
    desse esse gelo se derreter pela vida toda !
    beijao

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  6. Nossa, achei tão lindo *-* Por mais que nos afastemos, sempre tem a hora de olhar para trás.

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  7. Certas idas não tem volta, as vezes é necessário permanecer onde estamos.. qualquer passo em falso podemos cair no precipício.

    Lindo o que escreveu! Tenha um ótimo final de semana florzinha.

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  8. e esse coração derrete mesmo. logo quando achamos que vai ser diferente. mas concordo com a frase de que mulher joga fora, mas não quer que ninguém pegue. beijos

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  9. o pior pode atrapalhar os planos, né?
    a gente nunca conta com a "não-vinda do marcos".

    [...]
    ai...

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  10. Ameei seu blog *-*
    estou seguindo , me segue também?
    http://papodeadolescenteparaadolescente.blogspot.com
    É novo,mas só estou começando!

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