terça-feira, 2 de agosto de 2011

Desilusão

Espero que você me procure, anseio por um sinal de vida – uma mensagem, um telefonema, outra carta ou só um pensamento. No entanto, me frustro pela milésima vez nas minhas expectativas.
Eu sei, eu sei que você não vai ligar, que não vai rabiscar coisa alguma e também sei que não vai me aparecer a porta com uma flor roubada cheirando a arrependimento e vontade, eu sei. Não preciso que me alertem, que me puxem a orelha ou que sintam pena de mim; sempre estive ciente da sua inércia e por isso, no princípio, meu coração assinou um termo se responsabilizando por toda e qualquer ferida feita. Se ele ficou louco ou coisa do tipo? Que nada! Ele anda é com uma filosofia de vida meio esquisita, anda tentando convencer quem passa na sua frente de que não há nada a se perder, e que mesmo que houvesse, perder não é coisa do outro mundo. Resolveu romper com seu antigo melhor amigo – o medo – e se agarrar a uma nova companheira: a coragem.  Se eu e minha parceira razão não fizemos nada para impedir? Ah, nós fizemos. Tentamos de tudo: banho de água fria, choque de realidade, quaisquer argumentos possíveis; mas o danado anda irredutível. Decidiu que vai enfrente, que quanto maior a queda melhor, significa que ele voou mais alto.
E quer mesmo que eu te fale algo que percebi agora, ao olhar para você e para meu coração doido? Os mais felizes são mesmo os insanos.

3 comentários:

  1. Podem condenar os loucos, mas com toda certeza, é se arriscando que nem louco que se é mais feliz mesmo!
    beijo.

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  2. Não existe nada mais angustiante do que a espera...

    Nada.

    Um beijo, flor.

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  3. Confesso que me identifiquei tanto, mas tanto, que me deu vontade de postar lá no meu blog! Só que fiz uma promessa a mim mesma que não postarei nada de triste e que ele (o tal) perceba que se trata do que EU sinto. Pobres blogueiras!

    Beijos

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