
Meu amigo clichê sempre falou da tua longa vida, sempre afirmou que você seria a última de nós a morrer, mas já não sei mais se acredito nisso como antes.
Sabe que é que é? Venho ouvindo tanto que você passa, que isso é coisa de adolescente. Que a "esperança de mudar o mundo", isso é tudo passageiro.
Já chegaram até a rir da minha cara por eu continuar te defendendo com unhas e dentes. Posso te falar? Até mesmo os jornais debocham de mim, noticiando todos os dias tragédias com a maior naturalidade, sem nem um pouco de você, verdinha.
Desculpa, no fundo eu ando meio chateada, até magoada por todos quererem te matar, ou ainda pior, te arrancar de mim. Perdoa esse meu pessimismo que não combina contigo, no final das contas eu não vou te abandonar.