quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Meu passado, meu maior prazer


Existem alguns momentos da vida em que você anseia pelo futuro, está decepcionado e deseja tudo novo, quer crescer e falar que já é dono do próprio nariz. Mas já parou para contar quantas vezes sua boca se abriu para dizer: “como aquele tempo era bom”, ou ainda “era feliz e não sabia”; e quantas vezes não sentiu aquele arrependimento e a velha vontade de que o tempo voltasse.

Não sou diferente dessas muitas pessoas que se prendem ao passado, guardo papeis de bombom, desenhos, cartas, rosas, agendas e diários; e sempre revejo e os releio. As vezes me arrancam um sorriso, algumas outras, lágrimas; mas todas essas vezes eu desejo que o tempo volte.

Sou assim e provavelmente vou morrer assim, o que está por vir não me alegra, me amedronta. Sou como as pétalas que guardo, vivo de lembranças.

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