Olha cara, eu tinha tudo para não gostar de você. Tudo o que eu pensei não querer para mim eu encontrei em ti – você fuma, bebe demais, é inconsequente, irresponsável, não leva nada a sério e não vale lá muita coisa. Mas quer saber de uma coisa? Foi em você que eu achei tudo o que precisava. E quer saber o que mais? Eu adoro você. quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Ao meu futuro cafajeste
Olha cara, eu tinha tudo para não gostar de você. Tudo o que eu pensei não querer para mim eu encontrei em ti – você fuma, bebe demais, é inconsequente, irresponsável, não leva nada a sério e não vale lá muita coisa. Mas quer saber de uma coisa? Foi em você que eu achei tudo o que precisava. E quer saber o que mais? Eu adoro você. segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Cartas para você renascer - a última
Anjo querido, desisti de te esperar. Mas acalme-se, por favor, não foi pela comum impaciência ou pela frequente birra; eu entendi, meu amor. Percebi que chegou a sua hora, porque sim, uma hora TODOS vão embora. E, ah, como eu sentirei a falta tua, mas compreenderei, meu bem.Vá, não se preocupe, eu ficarei bem. Esse tempo em que passei a esperar que você voltasse me fez um bem danado - aprendi a me cuidar. Finalmente, eu cresci. Você se lembra como eu queria crescer? Te confesso, não é o que eu esperava; não é libertador, não é bonito e nem doce. É uma coisa amarga, fria, seca, monótona, que faz uma bola de angustia crescer no peito.
Mas mesmo assim: sem gosto, eu queria que você estivesse me vendo agora. Queria poder ver em teu rosto um sorriso lambuzado de surpresa só por me ver séria, adulta. Ah, meu querido, sabe o que eu queria de verdade? Que você pudesse me explicar essas mudanças, dizer o que são esses sentimentos ruins, dizer porque eles são assim, porque eles mexem desse jeito e enfeiam parte tão bonita do meu coração; queria que você pudesse me ensinar essa coisa de ser gente-grande, me orientar e dizer como é que se faz.
Só que você teve de ir. De vez. Siga, meu anjo, siga os passos desses ventos divinos; o perfume dessa primavera gentil. Pega na mão desse destino ingrato e o ensina a ser feliz, assim como você fez comigo um dia. Não te peço para ficar mais, te penso só. Cheia de saudades, morrendo de vontade de ser tua menina. Mas que bobagem, eu tinha de crescer.
Adeus, meu anjo bom.
domingo, 26 de setembro de 2010
Cativa-me!

"Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. (...) Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
-Por favor...cativa-me! disse ela"
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Nos reencontros da vida - Noite de Natal

"A noite foi crescendo e deixando de ser uma criança, as horas passaram rápido demais e o sentimento acelerava no peito daquela pequena menina, era hora de ir para cama. Marcos a levou até a porta do quarto e encostou-a na parede. Chegou mais perto e sussurrou em seu ouvido: "Dorme com os anjos e sonha comigo".
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Das muitas poucas garotas

Só que na verdade Ana não se importava. Vez ou outra podia até sonhar acordada, se imaginar alta, morena e linda; fingir que era o centro das atenções ou que tinha amigos; mas depois de um ou dois suspiros isso nem lhe fazia mais falta. Vivia em seu mundo, com seus planos- calada.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Desejado desamor

segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Carta para você renascer- a espera

Ainda vegetava em mim uma esperança de que eu não acabaria sozinha; achava que ao final da festa, teria uns três ou quatro, quiçá um amigo a bater em meu ombro no intuito de demonstrar o tal do 'pode contar' . Mas eu tinha que me enganar não é mesmo, meu amor?
Até você me deixou para trás. Faz tanto tempo que não aparece, a única coisa que realmente me dá vontade de continuar, são aqueles nossos velhos planos a quem eu sempre fui fiel.
Já não sei mais o que fazer, meu bem. Não deixo de usar o perfume que te agrada, não apago a luz um instante sequer, na expectativa de que você chegue para me acalentar; até durmo encolhida, para que tenha espaço suficiente para deitar-se ao meu lado. Mas nada de você, faz tempo, nunca mais. Ando conversando só, como se as minhas palavras soltas pudessem chegar até a ti e ao invés dos teus conselhos em sonhos, que nunca mais recebi; tu possa me mandar um sinal, dizendo o que fazer, para onde ir. E coisas rara: estou sem pressa, cheia de calma. Entendo que anjos são ocupados e tem muitos corações para cuidar, entendo cheia de ciúmes, mas eu entendo.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
A experiência que não se têm

Quando a gente se decepciona acha que aprendeu tudo, que nunca mais aquilo vai acontecer de novo por que você “está vacinado”, já conhece aquela conversa e já viu tudo o que podia ver.
Mas não! Você ainda não viu nada, não tem noção do quão ingênuo ainda é e do quanto pode se deixar enganar,aliais, pela mesma conversa. E para que tanta prepotência? Para que achar que sabe de tudo? Só para descobrir que não sabe de nada?
É só se magoar um pouquinho, que a razão determina um protecionismo ao país do coração. E aí tu te fechas para as novas oportunidades, deixa portas e janelas bem trancadas, cheias de travas e fechaduras, para nem um sofrimento metido a esperto entrar disfarçado de boa nova.
E de que adianta? Que sentido faz você criar em torno de si uma cápsula protetora reforçada pelo rancor e medo, se hora por outra, o sentimento se aproveita de um cochilo da razão e estraga toda a sua barreira?
Por mais que você jure pela sua vida, que bata o pé e tenha certeza de que aquele ato insano de se entregar ou de sentir nunca mais vai se repetir, ele vai se repetir sim. O tempo não cura, não ensina, ele só lhe permite refletir e aperfeiçoar-se, nada mais. Não adianta, meu caro, para um amor novo basta uma brecha, um resquício de coração.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Nos reencontros da vida - Parte IV
Para se achar: Nos reencontros da vida - parte III"Saiu do quarto, o coração palpitou, mandou embora para dentro de si o medo e em passos firmes encarou aquele olhar. Estava ficando mais forte, já não era tão fácil ficar bêbada. Tocou uma música qualquer, alguma coisa sobre recomeço, novo-amor. Como assim? Marcos se aproximava de Helena, puxou-lhe delicadamente pela mão, com o beijo-cavalheiro convido-lhe a dançar e ela deixou se levar por aqueles braços fortes."
terça-feira, 14 de setembro de 2010
As minhas entre-linhas
Desabafo sem deixar com que percebam. Não gosto de muitas palavras, de muitos detalhes, não com todo mundo. Eu desabafo quando conto alguma situação, adicionando uma pitadinha de sarcasmo e mais um punhado de humor; quando me desfaço de alguém para que meu coração acredite. domingo, 12 de setembro de 2010
MINHA GABI!
Ela é o meu livro de auto-ajuda.Meu convite para me lembrar quem eu sou, sem personagens e meias palavras. Indivisível. Isso por mais que a ciencia evolua. Duvido que alguem invente uma forma de fragmenta-la.(Embora alguns integrantes do sexo masculino já tenham se aventurado...) Desmaterializá-la é impensável. Seja porque simplesmente não produzirá efeito (algo como 'aborted mission') ou porque cada particula jamais encontrará seu lugar exato, seu equilibrio perfeito, sua composição correta, contrastes, choques eletricos de brilhos e contradições.Enfim, nunca se recomporá igual ao que era quando chegar do outro lado. E é por tudo que isso que eu te amo, te agradeço e te admiro tanto,minha amiga. E apesar de sermos gêmias, eu quero um dia poder chegar ao menos aos teus pés, e ser um décimo da mulher que tu és.Minha rainha. Eu amo muito você, nunca se esqueça disso.
(miscigenação e adaptação de textos da Fernanda Mello)
Por Marianne Layzze
sábado, 11 de setembro de 2010
Na brincadeira da verdade

E assim ando fazendo. Todas as vezes em que te encontro estou com a minha melhor roupa, o cabelo mais arrumado, as unhas perfeitamente pintadas e trago comigo o meu sorriso mais bonito; lhe mostro o quão boa são as festas que passei a ir e o quanto meus namorados de uma noite me fazem bem.
Te mostrei tudo isso e um pouco mais! Deixei você olhar para meus olhos e perceber neles a falta que me faz, que ainda dependo do seu carinho e os meus dias se resumiram a bolar planos para fazer com que você enxergue que ainda sou a mulher de sua vida, a futura mãe de seus filhos, tudo que sempre quis; que você sente saudades e que quer voltar. Tento arrumar um jeito de te mostrar que eu não sou mais tua. E não adianta, sei que você vê que estou na palma de tuas mãos, ainda.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Sou mais uma
Marina teve como maior professora a Natureza e pelo desejo de não a ver morrendo tornou-se uma das grandes defensoras da preservação da Amazônia. No governo Lula foi Ministra do Meio Ambiente e para conseguir salvar sua tão querida mestra a ex-senadora tomou várias medidas como: a regulamentação dos acesso aos da biodiversidade; a criação do Serviço Florestal Brasileiro e do Fundo de Desenvolvimento para estimular o manejo florestal; por meio do IBAMA combateu a atividade predatória; com três anos conseguiu reduzir em 57% o desmatamento da nossa Amazônia; etc.
No dia treze de maio de dois mil e oito, por conflitos com outros ministros, divergências com a Casa Civil entres outras situações que a ministra considerava atrasar a preservação ambiental, Marina assinou sua carta de demissão e voltou ao Senado.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
De dentro de mim, para dentro de mim
Quando você me disse que precisava se afastar um tempo, que nem daquela outra vez, e o meu rosto, novamente, banhou-se em lágrimas, meu coração palpitou bem forte, me contou o que sentia, que sabia que você não voltava mais.Só que preferi acreditar no doce de tuas palavras. Lembro-me bem que você dizia 'pode ser que seja um mês, um ano, dois, três ou mais. Não sei, só preciso me afastar de tudo isso.'
Ah meu amor, me segurei tanto, mais tanto, para não pedir que ficasse; para não lhe pedir que pensasse um pouco em mim, em nós!
domingo, 5 de setembro de 2010
Deixe entrar o novo sol
A fumaça do cigarro se dissipa no ar, o corte grande um dia sara, o cabelo curto demais cresce, o amor eterno acaba, quem é essencial uma hora vai embora. Nada é para sempre, tudo se gasta. Mas não largamos essa mania, até bonita, de tentar eternizar as coisas; de vive-las antes do que elas acontecem, mais tempo do que elas realmente duram. E insistimos em fazer do luto morada permanente de nossa atenção, fingindo que não sentimos nada, que está tudo bem; quando na verdade, por dentro, se está podre. No ensaio falho de tentar ressuscitar o sentimento morto deixamos de viver algo bom, bonito e saudável. Tampamos os olhos para as portas que se abrem, para o sol novo que nasce a cada dia e recusamos a proposta que o mesmo nos faz ao partir - levar embora, melancolicamente, os resquícios de dores passadas. Amassamos nossos corações e os deixamos pequenos demais para caber algo inovador, diferente. Pintamos nossas vidas de cinza e preto, desprezando o arco-ires que se joga aos nossos pés; nos agarramos fortemente a uma dor desnecessária. Insistimos em manter um relacionamento oficial com o orgulho, um outro extra-conjugal com o rancor e ,ainda por cima, nos apegamos a afetos desvanecidos; esquecendo, outra vez no mesmo dia, que depois de um noite chuvosa, esperasse uma aurora que surja banhada de sol e prometa uma lua cheia acompanhada de suaa mil e uma estrelas.sexta-feira, 3 de setembro de 2010
No meu calor sinto teu frio

Juro que não me importo se você me ferir. Prometo que não vou fazer bico e que não vou chorar quando você tiver de me deixar, mas por favor, só mais uma vez. Só mais uma única vez me abraça por trás e me beija o ombro, subindo ao meu ouvido só para sussurrar que eu sou especial, que você não teve nada igual e que não quer me perder; não custa nada deitar no meu colo e fazer carinha de cachorro pidão para ganhar cafuné; não vai doer, pelo ou menos não em você, dizer que eu sempre desperto o mesmo sentimento; não vai te machucar fingir que é verdade. E eu posso apostar, as solas de seus sapatos já conhecem o caminho do meu coração, não vão se incomodar em retornar ao lar e me fazer feliz, só mais uma vez.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
O trem das nove
Eram oito e meia da manhã. O dia cinzento estava em harmonia com o coração nostálgico. Antônio olhou mais uma vez para o relógio, havia prometido deixar o pai na estação, estava com pressa. Sua cabeça cheia de papeis, que o esperavam em sua mesa, roubavam descaradamente a atenção do moço que só respondia ao pai em monossílabos.quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Das teorias mentirosas

Percebi, ao piscar de olhos e derrubar erroneamente uma gota doída, que tudo são teorias. E teorias se desmentem o tempo inteiro.