A fumaça do cigarro se dissipa no ar, o corte grande um dia sara, o cabelo curto demais cresce, o amor eterno acaba, quem é essencial uma hora vai embora. Nada é para sempre, tudo se gasta. Mas não largamos essa mania, até bonita, de tentar eternizar as coisas; de vive-las antes do que elas acontecem, mais tempo do que elas realmente duram. E insistimos em fazer do luto morada permanente de nossa atenção, fingindo que não sentimos nada, que está tudo bem; quando na verdade, por dentro, se está podre. No ensaio falho de tentar ressuscitar o sentimento morto deixamos de viver algo bom, bonito e saudável. Tampamos os olhos para as portas que se abrem, para o sol novo que nasce a cada dia e recusamos a proposta que o mesmo nos faz ao partir - levar embora, melancolicamente, os resquícios de dores passadas. Amassamos nossos corações e os deixamos pequenos demais para caber algo inovador, diferente. Pintamos nossas vidas de cinza e preto, desprezando o arco-ires que se joga aos nossos pés; nos agarramos fortemente a uma dor desnecessária. Insistimos em manter um relacionamento oficial com o orgulho, um outro extra-conjugal com o rancor e ,ainda por cima, nos apegamos a afetos desvanecidos; esquecendo, outra vez no mesmo dia, que depois de um noite chuvosa, esperasse uma aurora que surja banhada de sol e prometa uma lua cheia acompanhada de suaa mil e uma estrelas.
amei, flor...
ResponderExcluirsensaional teu texto, teu blog....
tu escreve bem demais...
bjok
De tão linda a postagem da Déborah (Final Alternativo), eu cantei e criei uma frase, lancei tudo no twitter. Li o seu comentário e vim compartilhar com você. [sorrio]. Espero que goste do que eu trago. Não precisa retribuir a visita. Eu só vim mesmo compartilhar. Não vou ler hoje. Serei honesto. Mas se você for ao meu blog será um prazer para mim, Gabriela.
ResponderExcluirQuando você foi embora, fez-se noite em meu viver, forte eu sou, mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar... (Travessia – Milton Nascimento).
*É lindo ver a mulher se revelar/O jeito da mulher amar, e até desamar, é algo, paradoxalmente, suave e intenso (Jefhcardoso)
http://jefhcardoso.blogpsot.com
É o tempo: que sempre vai. E volta.
ResponderExcluirBeijo
o post mais lindo do dia. eu guardarei pra sempre aqui. lindo, lindo!
ResponderExcluirbeijos, flor.
muito bom esse texto! é assim mesmo, a vida, é só questão de costume. beijos
ResponderExcluir♪ "Se existe algum prazer em sofrer,
ResponderExcluirlá-lá-lá..." ♫
Parece mesmo que existe, caso contrário o esporte não teria tantos adeptos, né, Gabi?
Beijo pra ti!
ℓυηα
é um pouco de medo do novo e de deixar pra trás o que nos fez bem.
ResponderExcluirAmei!Esse é exatamente o tipo de medo que me persegue há anos,e que vira e mexe eu teimo em fazer renascer.Quase todo mundo faz isso pelo menos uma vida na vida..pelo menos eu acho.
ResponderExcluirpassa lá tem post novo
Acho como você que tudo passa e então o que nos resta é ser feliz nos instantes em que a felicidade conseguem durar. São eles que ficam na memória.
ResponderExcluir=*